Eliane de Andrade
Psicanalista. Membro Efetivo, Didata e Docente da SPRJ. Membro da Trieb Mineira.

 

Começaram as chuvas. Abril é mês de chuvas?

Já não sabemos mais. Sei que “as águas de março fecham o verão”, graças a Elis Regina e Tom Jobim. Entretanto, em abril, Belo Horizonte está tendo boas tormentas aquosas que, talvez, sejam necessárias.

Como estou adoentada, dei-me o direito de assistir a um telejornal, coisa que, habitualmente, não faço, preferindo as mídias alternativas políticas. E, talvez, dada à minha antipatia por essas mídias convencionais, escutei, embora ocupada com a organização de alguns papéis, que as chuvas da manhã causaram danos em pontos alagados constantemente em BH. Até aí meu coração indignado ouvia triste o noticiário (não há arquitetura urbana para isso?) quando a fala da narradora me desvia do problema, pois ela dá ênfase a um enorme perigo: uma árvore, devidamente flagrada por uma câmera de segurança, ousa despencar do seu minúsculo cubículo de concreto do passeio no qual estava confinada, certamente, há anos, apesar de seu esplendor, quase atingindo uma caminhonete!

Fico perplexa, pois o automóvel estava vazio, é reciclável, recondicionável e, talvez, nem tão útil assim. Mas e a árvore que caiu?

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